domingo, 24 de julho de 2011
PROJETO AULA VIVA
Endereço: Restaurante Grande Sertão. Rua Adelaide Fernandes da Costa, 122. Costa Azul. Tel. 3271-1119
Valor: R$ 7
sexta-feira, 15 de julho de 2011
MISSIONÁRIOS DA LEITURA
Por Galeno Amorim
Ninguém é obrigado a ler.
Nem a escrever, cantar ou dançar.
Ou a saber o significado das coisas.
Porque ler é
um ato de liberdade.
Espontâneo,
introspectivo,
libertário.
Ninguém nasce
sabendo ler
Nem sabendo
escrever, cantar e dançar.
Ou apreciar cinema, teatro
ou uma obra de arte.
É que ler
(como tantas coisas na vida!)
não é um ato natural...
Natural é respirar,
comer, andar.
Se proteger do frio
e do calor.
Natural é sentir medo.
É reagir.
Natural é desejar,
o tempo todo, ser feliz
Ler é atitude.
Que exige aprendizado,
habilidade,
investimento pessoal.
Pede que se pratique.
Até que vira gosto.
(Nada diferente de aprender
a gostar de música,
xadrez ou futebol).
Ler é coisa do espírito.
Está sempre a exigir esforço,
boa vontade, dedicação.
Até que vira essência da alma.
Compete a todos prover e dar acesso aos livros.
E ser agente para a missão de espalhar a boa-nova.
Mas que isto seja com jeito,
com delicadeza.
Com amor.
Pois não há outra
maneira de
cultivar e cativar
o bicho leitor.
Esse bicho que
cresce com a
sustança das boas
histórias.
Com a sonoridade
e o afeto que as
palavras encerram.
E a instigação da
sua capacidade de
sonhar e inventar.
Trate-o com carinho.
Como a um filho, que
nasce, cresce e conquista
a autonomia para voar.
Que possa gostar de livros
como a criança gosta da flor.
E jamais se cure dessa
vontade incurável de se
embebedar de palavras.
Porque vê sentido nelas.
E delas precisa pra viver.
(como necessita do próprio
ar que respira).
Porque quando bebe dessa fonte,
decifra os sinais e descortina horizontes,
sente, verdadeiramente, prazer.
Porque, enfim, agora
é um leitor de mundo
- esse sujeito capaz
de apreender e de criar.
De compreender e interpretar
as coisas ao seu redor.
De ser mais tolerante,
de enxergar o outro.
De se apropriar do conhecimento universal.
E construir o seu...
De alargar a inteligência,
superar o improvável.
Mas, sobretudo, de descobrir
uma capacidade infinita de amar
- para, então, transformar o mundo!
Porque, para quem lê,
tudo é possível.
Nem a escrever, cantar ou dançar.
Ou a saber o significado das coisas.
Porque ler é
um ato de liberdade.
Espontâneo,
introspectivo,
libertário.
Ninguém nasce
sabendo ler
Nem sabendo
escrever, cantar e dançar.
Ou apreciar cinema, teatro
ou uma obra de arte.
É que ler
(como tantas coisas na vida!)
não é um ato natural...
Natural é respirar,
comer, andar.
Se proteger do frio
e do calor.
Natural é sentir medo.
É reagir.
Natural é desejar,
o tempo todo, ser feliz
Ler é atitude.
Que exige aprendizado,
habilidade,
investimento pessoal.
Pede que se pratique.
Até que vira gosto.
(Nada diferente de aprender
a gostar de música,
xadrez ou futebol).
Ler é coisa do espírito.
Está sempre a exigir esforço,
boa vontade, dedicação.
Até que vira essência da alma.
Compete a todos prover e dar acesso aos livros.
E ser agente para a missão de espalhar a boa-nova.
Mas que isto seja com jeito,
com delicadeza.
Com amor.
Pois não há outra
maneira de
cultivar e cativar
o bicho leitor.
Esse bicho que
cresce com a
sustança das boas
histórias.
Com a sonoridade
e o afeto que as
palavras encerram.
E a instigação da
sua capacidade de
sonhar e inventar.
Trate-o com carinho.
Como a um filho, que
nasce, cresce e conquista
a autonomia para voar.
Que possa gostar de livros
como a criança gosta da flor.
E jamais se cure dessa
vontade incurável de se
embebedar de palavras.
Porque vê sentido nelas.
E delas precisa pra viver.
(como necessita do próprio
ar que respira).
Porque quando bebe dessa fonte,
decifra os sinais e descortina horizontes,
sente, verdadeiramente, prazer.
Porque, enfim, agora
é um leitor de mundo
- esse sujeito capaz
de apreender e de criar.
De compreender e interpretar
as coisas ao seu redor.
De ser mais tolerante,
de enxergar o outro.
De se apropriar do conhecimento universal.
E construir o seu...
De alargar a inteligência,
superar o improvável.
Mas, sobretudo, de descobrir
uma capacidade infinita de amar
- para, então, transformar o mundo!
Porque, para quem lê,
tudo é possível.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
SE ESCOLA FOSSE ESTÁDIO E EDUCAÇÃO FOSSE COPA
Por Jorge Portugal
Passei, nesses últimos dias, meu olhar pelo noticiário nacional e não dá outra: copa do mundo, construção de estádios, ampliação de aeroportos, modernização dos meios de transportes, um frenesi em torno do tema que domina mentes e corações de dez entre dez brasileiros.
Há semanas, o todo-poderoso do futebol mundial ousou desconfiar de nossa capacidade de entregar o “circo da copa” em tempo hábil para a realização do evento, e deve ter recebido pancada de todos os lados pois, imediatamente, retratou-se e até elogiou publicamente o ritmo das obras.
Fiquei pensando: já imaginaram se um terço desse vigor cívico-esportivo fosse canalizado para melhorar nosso ensino público? É… pois se todo mundo acha que reside aí nossa falha fundamental, nosso pecado social de fundo, que compromete todo o futuro e a própria sustentabilidade de nossa condição de BRIC, por que não um esforço nacional pela educação pública de qualidade igual ao que despendemos para preparar a Copa do Mundo?
E olhe que nem precisaria ser tanto! Lembrei-me, incontinenti, que o educador Cristovam Buarque, ex-ministro da Educação e hoje senador da República, encaminhou ao Senado dois projetos com o condão de fazer as coisas nessa área ganharem velocidade de lebre: um deles prevê simplesmente a federalização do ensino público, ou seja, nosso ensino básico passaria a ser responsabilidade da União, com professores, coordenadores e corpo administrativo tendo seus planos de carreira e recebendo salários compatíveis com os de funcionários do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal. Que tal? Não é valorizar essa classe estratégica ao nosso crescimento o desejo de todos que amamos o Brasil? O projeto está lá… parado, quieto, na gaveta de algum relator.
O outro projeto, do mesmo Cristovam, é uma verdadeira “bomba do bem”. Leiam com atenção: ele, o projeto, prevê que “daqui a sete anos, todos os detentores de cargo público, do vereador ao presidente da República serão obrigados a matricular seus filhos na rede pública de ensino”. E então? Já imaginaram o esforço que deputados (estaduais e federais), senadores e governadores não fariam para melhorar nossas escolas, sabendo que seus filhos, netos, iriam estudar nelas daqui a sete anos? Pois bem, esse projeto está adormecido na gaveta do senador Antônio Carlos Valladares, de Sergipe, seu relator. E não anda. E ninguém sabe dele.
Desafio ao leitor: você é capaz de, daí do seu conforto, concordando com os projetos, pegar o seu computador e passar um e-mail para o senador Valadares (antoniocarlosvaladares@senador.gov.br) pedindo que ele desengavete essa “bomba do bem”? É um ato cívico simples. Pela educação. Porque pela Copa já estamos fazendo muito mais.
Jorge Portugal é educador, poeta e apresentador de TV. Idealizou e apresenta o programa “Tô Sabendo”, da TV Brasil.
Fonte: Terra Magazine
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