quarta-feira, 24 de agosto de 2011

“O livro já não é a coisa mais importante na vida das crianças”

Por PublishNews - 24/08/2011 - Maria Fernanda Rodrigues

Na Inglaterra e nos Estados Unidos, as crianças não estão mais conseguindo escrever narrativas longas porque se acostumaram com pedaços de histórias. Quem contou isso foi o crítico especializado em literatura infantil, Peter Hunt. Ele participou do painel “Literatura e arte na era dos bits”, da Jornada Nacional de Literatura, ao lado de Gisele Beiguelman, Marcia Tiburi, Mauricio de Sousa, Luisa Geiser e João Almino na tarde desta terça-feira, dia 23. Para ele, a forma como as crianças pensam agora e como elas pensavam 30 anos atrás mudou completamente, o que torna este momento muito especial para quem trabalha com educação. Quanto à literatura, o crítico inglês disse que o livro se tornou apenas o centro de um grande universo de experiência, deixando de ser a coisa mais importante na vida das crianças. Para exemplificar, mostrou a contracapa de um dos títulos da série Crepúsculo, com anúncios de DVDs, CDs e outros produtos relacionados à obra de Stephenie Meyer. Por fim, comentou: “Há uma mudança na maneira como compreendemos a história. O poder do texto e do escritor está sendo substituído pelo poder do leitor.”
----------------------------------
Nota: Estamos experimentando a cada dia mais um mundo fragmentado, com muitas "janelas" de informações e pouco conhecimento de fato. Temos preguiça de ler textos mais longos, escrever então, nem pensar, querem abolir até mesmo a letra cursiva...

PALAVRAS QUE JÁ ERAM

Gosto das reflexões de Ivan Lessa do BBC Brasil, ele tem algo do tipo uma epifania e traz esse fleche de visão para o leitores analisar junto com ele. De vez em quando vou postar aqui.

_____________________________________________


O Dicionário Collins, aqui no Reino Unido, é dos mais respeitados. Justamente. Tenho uma versão informatizada do catatau. Vira e mexe, lá estou fuçando.
No fim dos contas, o que resta mesmo são as “palavras, palavras, palavras” que um certo melancólico príncipe dinamarquês disse um dia e para sempre ficaram.
Pois bem, o Collins, como tudo mais e toda gente, quer se atualizar. Jogar fora o inútil. Dar uma limpeza na casa.
Primeira providência, já se sabe: jogar coisa fora.
Ora, em dicionário, acho isso tolice. A graça toda de um dicionário é não deixar palavra morrer.

Acrescentar sempre, não retirar nada, por mais escalafobética que seja a palavra. Não me mexam, por favor, na palavra escalafobética.

Mas não, o Collins vai jogar fora, sem reciclar, como nosso lixo diário, palavras ótimas. Exemplificando: aerodrome e charabanc vão pegar, ou querem dar-lhes, cartão vermelho.
O primeiro nem preciso dar conta, o segundo nos deu (ou acho que vem) de caravana, e significa um ônibus de turismo.

O som da palavra é importante. Às vezes mais do que seu significado. Charabanc é um bom exemplo. 

Depois querem jogar fora wittol, que, sou sincero, nunca tivera o prazer. Wittol é um homem que tolera a, ou, pior, as infidelidades da esposa (essa palavra podia passar a um time reserva, eu só uso mulher mesmo, como se diria numa marchinha marota). 

Em suma, nosso velho conhecido, o “corno manso”, que me perdoem senhoras (hummm) e senhoritas presentes, mas a expressão é boa, sem chegar ao esplendor do cocu francês ou do cuckold inglês, que esse deixaram em paz, já que tem o bastante em matéria de problemas. 

O obsoletismo é um sinal dos tempos chatíssimos em que vivemos. Tudo é feito aquele velho “já era” que, felizmente, já se foi. Agora é só não tocar na informática. Essa deixar em paz, pesquisar e dicionarizar toda e qualquer movimento que esbocem, devem dizer os lexicógraofos.

E nós com o fish? Nada. 

Mas não posso me esquecer de um velho professor, “seu” Firmo Costa que no ano em que uma música de carnaval pegou adoidada (ou adoudada) ele gostava de nos dizer em sua aula de Português: “Tanto se me dá que a azêmula claudique o que eu desejo é acicatá-la”. Traduzindo para o original da época, na voz de Jorge Veiga, O Caricaturista do Samba: “Que me importe que a mula manque o que eu quero é rosetar”. Rosetou-se muito naquele ano. Deu, como sempre, até em título de espetáculo de teatro revista.

De qualquer forma, como não levo a sério esse espírito lexicográfico de vassourada ou aspirador, da mesma forma como não levo a sério “reformas ortográficas”, só de brincadeira e falta do que fazer, dou minhas sugestões para palavras que, por isso ou aquilo outro, em geral ferem meus ouvidos, machucam minha sensibilidade.

Cada um deve ter suas palavras mais obsoletas. Obsoletai então, irmãos, já que não há mais nada a fazer.

Paredón para: supimpa, turba, brunir, galocha, sarapintado, borra-botas, manguaça, lambisgóia, charneca, soer, outrossim, dest´arte, lingrinhas, borboleta e doromildar.

Estava batendo bola e tentando testar o o companheiro aí.

Borboleta, nomo nenúfares, é ótimo, e doromildar é verbo que só existe em minha imaginação doentia onde há uma doremilda dos diabos sempre a se fazer ouvir.

JORGE LUÍS BORGES RECEBE HOMENAGEM

Aniversário de Jorge Luis Borges é celebrado com Doodle surrealista

A logomarca da empresa Google  publicada no seu site de buscas foi substituída nesta quarta-feira (24) por uma ilustração conhecida como ‘Doodle’. A data lembra quando o argentino Jorge Luis Borges, escritor, poeta, contista e ensaísta, completaria 112 anos de vida. Para representar a contribuição do homenageado, o doodle foi produzido com inspirações surrealistas, tendência presente nas obras de Borges. Os labirintos da imagem também fazem referência às narrações do escritor.

Depois de sua família ter se mudado para a Suíça, Borges teve que dar continuidade aos seus estudos no mesmo país. Na sequência, o escritor viajou à Espanha e só retornou à Argentina no ano de 1921. A sua passagem por diversas nações e a vivência internacional contribuíram para que Borges se tornasse um poliglota. No mesmo ano em que estava de volta à Argentina, as suas primeiras obras foram publicadas e estas já mostravam os traços surrealistas.

Conforme suas obras foram sendo traduzidas para outros idiomas, como nos Estados Unidos e por toda a Europa, Borges ganhou reconhecimento internacional. Em 1961, o escritor recebeu o seu primeiro prêmio internacional de editores, o Prêmio Formentor. Dentro de toda a sua produção, alguns dos títulos mais famosos são ‘Ficciones’ e ‘O Aleph’.

As duas publicações contam com narrativas curtas, mas falam sobre as temáticas do sonho, labirintos, bibliotecas, escritores fictícios e livros fictícios. Não somente pelo fato de ser escritor, as bibliotecas tem grande relevância no histórico de Borges por ele ter trabalhado como bibliotecário. Durante esta carreira, Borges foi nomeado diretor da Biblioteca Nacional da República Argentina.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

EUA PASSAM A ABOLIR ENSINO DE LETRA DE MÃO NAS ESCOLAS

Fonte: Revista Veja

O ensino da letra cursiva (de mão) será opcional no estado norte-americano de Indiana e deverá ser banido definitivamente nos próximos anos. A decisão deve ser seguida por mais de 40 estados do país que também consideram esta forma de escrever como ultrapassada. Na avaliação deles, é mais importante se concentrar no aprendizado das letras bastão (de forma).

O argumento dos defensores desta lei, que provocou polêmica nos Estados Unidos nas últimas semanas, é de que hoje as crianças praticamente não necessitam mais escrever as letras com caneta ou lápis no papel. Seria mais importante elas aprenderem a digitar mais rapidamente, já que quase toda a comunicação acontece por meio de letras de forma nos celulares e computadores.

"As escolas devem decidir se pretendem ensinar letra cursiva, mas recomendamos que deixem de ensinar e se foquem em áreas mais importantes. Também seria desnecessário encomendar apostilas que ensinem letras cursiva", diz um memorando do Departamento de Educação de Indiana.

A Carolina do Norte também já anunciou que adotará uma medida similar, segundo suas autoridades educacionais. A Geórgia é outro estado americano que recomenda o fim do ensino, segundo seu porta-voz Matt Cardoza, apesar de "aceitar que os alunos aprendam a letra de mão caso os professores considerem necessário".

Esses estados, assim como outros 40, integram o Common Core Stated Standards Initiativa (Iniciativa para um Padrão Comum de Currículo), responsável por tentar padronizar o ensino básico nos Estados Unidos. O grupo defende abertamente o fim do ensino da letra cursiva.
 
Brasil - No Brasil, principalmente na última década, há uma nova metodologia no ensino da letra cursiva, mas não seu abandono nas escolas. "Não conheço escola que não a utilize mais", afirma Fernanda Gimenes, diretoria pedagógica da área de português do colégio bilíngue Playpen. "Ela perdeu a prioridade. Antes, o aluno era alfabetizado na cursiva. Hoje, mais do que ensinar uma técnica, queremos desenvolver as habilidades de leitura e escrita."

Separar o aprendizado da cursiva como requisito para que uma criança seja considerada alfabetizada é uma conquista recente, praticamente da última década. "Vemos como uma evolução, não uma condição", diz Esther Carvalho, diretora-geral do Colégio Rio Branco. Mesmo que o aluno opte pela letra bastão no futuro, o aprendizado da cursiva, segundo Esther, é fundamental para desenvolver a coordenação motora fina.

 --------------------------------------------

Nota: A tecnologia  ameça nossos livros impressos, agora está ameaçando a nossa escrita. Será que a raça humana entrará em estado de extinção? Essa questão não é coisa de agora. Algumas discussões estão ocorrendo há algum tempo, e divide opinião entre educadores do Brasil quanto ao ensino da letra cursiva na alfabetização. Veja reportagem na Folha.Com de 2010.

CURSO JORGE AMADO 2011 - I COLÓQUIO DE LITERATURA BRASILEIRA

Clique em cima para aumentar a visualização.


CURSO JORGE AMADO 2011 - I COLÓQUIO DE LITERATURA BRASILEIRA
A Academia de Letras da Bahia e a Fundação Casa de Jorge Amado promovem o Curso Jorge Amado 2011 – I Colóquio de Literatura Brasileira nos dias 22 a 26 de agosto deste ano. O encontro será dedicado ao estudo da obra amadiana, em especial ao primeiro romance publicado pelo escritor Jorge Amado – O país do carnaval , que completa 80 anos de existência.
Parte das comemorações pelos 25 anos de existência da FCJA, o colóquio marca também o início dos eventos em torno do centenário de Jorge Amado, celebrado em 2012. A ALB, a partir desta primeira edição, inclui o referido ao seu calendário oficial de cursos, devendo o mesmo ocorrer em todos os anos, sempre em agosto, em homenagem ao mês de nascimento do escritor.
 
PROGRAMAÇÃO PRINCIPAL
22/08 | segunda-feira
LOCAL: ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA
19h  Abertura
19h15  Conferência
Ana Rosa Ramos (UFBA) – Jorge Amado e O país do carnaval
Coordenação:  Myriam Fraga (FCJA/ALB)
 
23/08 | terça-feira
LOCAL: ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA
14h30  Sessões de comunicações (1, 2 )
17h  Conferência “Recepção Crítica da obra de Jorge Amado”
Claudius Armbruster (Universidade de Colônia/Alemanha) – Jorge Amado e a cultura e literatura alemãs
17h40  Mesa redonda “Identidade, mestiçagem e utopia em Jorge Amado”
Rita Godet (Université Rennes/França) – Precariedade, mestiçagem e utopia: “o sopro de vida do povo brasileiro” no projeto literário de Jorge Amado
Ilana Goldstein (Unicamp) – A construção da identidade nacional na literatura de Jorge Amado
Coordenação:  Evelina Hoisel (UFBA/ALB)
 
24/08 | quarta-feira
LOCAL: ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA
14h30  Sessões de comunicações (3 e 4)
17h  Mesa redonda “Das terras do cacau aos caminhos do mundo”
Maria de Lourdes Netto Simões (UESC) – Jorge Amado e as terras do cacau
Edilene Dias Mattos (UFBA) – Jorge Amado turista: um olhar poético sobre a Latinoamérica
Coordenação:  Rosana Ribeiro Patrício (UEFS)
 
25/08 | quinta-feira
LOCAL: ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA
14h30  Sessões de comunicações (5 e 6)
17h  Mesa redonda “O político e o histórico na visão de Jorge Amado”
Luis Gustavo Rossi (Unicamp) – Projeto Literário e Romance proletário: reavaliando a política na obra de Jorge Amado
Antonella Rita Roscilli (RAI) – O ideal sócio-político de Jorge Amado
Benedito Veiga (UEFS) – Jorge Amado e A hora da guerra: o cidadão, o político e o artista
Coordenação:  Aleílton Fonseca (UEFS / ALB)
*Lançamento do livro Contos Reunidos , de Aramis Ribeiro Costa
 
26/08 | sexta-feira
LOCAL: FUNDAÇÃO CASA DE JORGE AMADO
16h30 - Comunicação:
Bahia de todos os santos : Guia de ruas e mistérios, uma proposta de edição crítica em perspectiva genética
Rosa Borges dos Santos (UFBA/UNEB)
Rita de Cássia Ribeiro de Queiroz (UEFS)
Elisabeth Baldwin (UFBA)
17h  Depoimentos Literatura, Cinema, TV e Outras Linguagens
Jorge Portugal – Jorge Amado e as adaptações
Cecília Amado – Um novo olhar sobre os Capitães da Areia
Coordenação:  Myriam Fraga (FCJA / ALB)
*Lançamento do livro Anarquistas, Graças a Deus de Zélia Gattai: da palavra à imagem ,de Antonella Rita Roscilli
Encerramento

terça-feira, 9 de agosto de 2011

A GRANDE ESPERANÇA

Livro A Grande Esperança

A profecia Maia de que o mundo acabará em 2012 tem preocupado muita gente.

O livro A Grande Esperança traz a resposta: é possível viver sem medo do futuro.

Participe da campanha que vai distribuir 36 milhões de livros:

1. Acesse nosso site
2. Compartilhe nas redes sociais ou por e-mail.

Incentive sua igreja e desafie seus jovens a participarem. Um simples clique pode salvar vidas.

Livro A Grande Esperança
Livro A Grande Esperança
Livro A Grande Esperança

EVENTO: CONVERSAS PLUGADAS COM MIA COUTO NO TCA





Conversas Plugadas edição especial - Mia Couto
Onde: Sala Principal do TCA
Quando: 10 de agosto, às 20h
Quanto: Gratuito (retirar pré-convites nas bilheterias do TCA a partir de 08/08)