segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Ler devia ser proibido

O vídeo abaixo que deu origem ao site www.lerdeviaserproibido.com.br de autoria de Luciano Midlej, Filipe Bezerra e Marcos Diniz, baseado no texto de Guiomar de Grammon. Traz uma reflexão sobre o poder da leitura na mente do indivíduo. Não sou política e nem pretendo me debruçar sobre a temática, mas uma pergunta surge: por que será que as políticas para a leitura no Brasil são tão lentas? Uma matéria recente mostra que há mais investimento de internet nas escolas do que bibliotecas. [confira a matéria]

Assista ao vídeo, quase dois minutos, vale a pena. Divulgue e abrace essa ideia. De acordo com o linguísta Marcos Bagno "Ler é outro modo de ouvir", de ver o mundo, de visitar outros lugares e de aproximar pessoas. Vai além de decodificar os signos linguísticos, é interpretar além do que foi escrito, mas que está lá, nas entrelinhas, onde é possível o diálogo entre quem escreveu e quem está lendo.

Lembrei-me do Mito da Caverna do livro VII de A República de Platão, em que homens estavam presos em grilhões, vendo apenas um mundo reduzido nas trevas da caverna, mas que após serem libertos puderam perceber que não era o Mundo que era pequeno, mas as suas visões que eram limitadas. O sol inicialmente trouxe desconforto, mas logo se adaptaram e ampliaram seus horizontes de conhecimento.





Recomendo o filme BALZAC E A COSTUREIRINHA, de Dai Sijie (2002), interpretado por atores chineses. Conta a história de Luo e Ma, dois jovens, filhos de médicos, os quais eram tidos com inimigos do povo, por serem considerados reacionários burgueses na época em que a China era comandada por Mao Tsé-Tun.
Os jovens deveriam ser reeduacados de acordo com os padrões locais, e todos os livros haviam sido queimados.

Eles conheceram a linda costureirinha, por quem ambos se apaixonaram e começa uma emocionante amizade. Os garotos encontram livros de outro rapaz que estava na vila para ser reeducado e iniciam leituras, consideradas subversivas, de autores como Flaubert, Tolstói, Victor Hugo e Balzac.


O impacto de conhecer tais autores é grande na vida da garota pacata, que encontra na literatura sua redenção, sua fuga e o adeus à ignorância. Não poderei contar o final.

Assitam e comentem!

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