quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Projeto proíbe livrarias de selecionar livros que vendem


Tramita na Câmara o Projeto de Lei 7913/10, que obriga livrarias e pontos de venda de livros a comercializar todas as obras enviadas a eles. Caso o comerciante se oponha a vender, deverá comunicar os motivos por escrito ao autor ou editor, que poderá apresentar recurso à Câmara Brasileira do Livro ou às câmaras estaduais.

Aproposta pretende garantir a “livre circulação de livros no País". Na opinião do autor, deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), "livrarias não podem ficar submetidas ao jogo econômico e às preferências pessoais". Segundo o deputado, é comum as grandes editoras e distribuidoras contarem com livrarias próprias. "Isso resulta na impossibilidade de autores de menor capacidade financeira colocarem à venda sua obras, que, em certo casos, representam importante contribuição à vida cultural do País", diz.

A proposta também define toda livraria como "núcleo cultural de importância social protegida pelo poder público". As livrarias, para o autor do projeto, "não são meras casas comerciais, mas locais de transmissão e circulação de ideias e produtos intelectuais de interesse da cultura nacional".

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

===========================================

Nota: Então teremos a livre circulação de livros no país e a livraria terá que se submeter à tais exigências? Onde está a livre escolha que a livraria, o seu proprietário tem direito? É momento de repensarmos sobre a democracia e as leis que contradizem, ceifando a liberdade dos comerciantes sobre seus próprios negócios. Bem que o governo federal poderia criar uma livraria modelo, com tudo que for lançado no mercado editorial e implantar núcleos nos estados, comercializando os produtos com descontos para a população...

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Ler devia ser proibido

O vídeo abaixo que deu origem ao site www.lerdeviaserproibido.com.br de autoria de Luciano Midlej, Filipe Bezerra e Marcos Diniz, baseado no texto de Guiomar de Grammon. Traz uma reflexão sobre o poder da leitura na mente do indivíduo. Não sou política e nem pretendo me debruçar sobre a temática, mas uma pergunta surge: por que será que as políticas para a leitura no Brasil são tão lentas? Uma matéria recente mostra que há mais investimento de internet nas escolas do que bibliotecas. [confira a matéria]

Assista ao vídeo, quase dois minutos, vale a pena. Divulgue e abrace essa ideia. De acordo com o linguísta Marcos Bagno "Ler é outro modo de ouvir", de ver o mundo, de visitar outros lugares e de aproximar pessoas. Vai além de decodificar os signos linguísticos, é interpretar além do que foi escrito, mas que está lá, nas entrelinhas, onde é possível o diálogo entre quem escreveu e quem está lendo.

Lembrei-me do Mito da Caverna do livro VII de A República de Platão, em que homens estavam presos em grilhões, vendo apenas um mundo reduzido nas trevas da caverna, mas que após serem libertos puderam perceber que não era o Mundo que era pequeno, mas as suas visões que eram limitadas. O sol inicialmente trouxe desconforto, mas logo se adaptaram e ampliaram seus horizontes de conhecimento.





Recomendo o filme BALZAC E A COSTUREIRINHA, de Dai Sijie (2002), interpretado por atores chineses. Conta a história de Luo e Ma, dois jovens, filhos de médicos, os quais eram tidos com inimigos do povo, por serem considerados reacionários burgueses na época em que a China era comandada por Mao Tsé-Tun.
Os jovens deveriam ser reeduacados de acordo com os padrões locais, e todos os livros haviam sido queimados.

Eles conheceram a linda costureirinha, por quem ambos se apaixonaram e começa uma emocionante amizade. Os garotos encontram livros de outro rapaz que estava na vila para ser reeducado e iniciam leituras, consideradas subversivas, de autores como Flaubert, Tolstói, Victor Hugo e Balzac.


O impacto de conhecer tais autores é grande na vida da garota pacata, que encontra na literatura sua redenção, sua fuga e o adeus à ignorância. Não poderei contar o final.

Assitam e comentem!

domingo, 26 de dezembro de 2010

Cem anos de solidão

Cem anos de solidão, de Gabriel Garcia Màrquez, tornou-se pra mim um clássico, e acredito que para muitos. Em sua narrativa inteligente, estigante e sua linealidade totalmente fragmentada, Marquez prende a atenção do leitor com a saga da família Buendía em torno da aldeia de Macondo. É preciso ser um leitor atento para perceber em que época cada história vai se desenrolando, visto que os nomes dos personargens vão se repetindo. A centenária e matriarca da família, Úrsula, acompanha todas as gerações.

A versão de 2009, traduzida pelo amigo da Marquèz, Eric Napomuceno, traz em suas primeiras páginas a árvore da família Buendía para facilitar a leitura acompanhando cada geração e seus descendentes.

O comentário de Sérgio Rodrigues, colunista da Revista Veja no Blog TodoPosa, irá confirmar, o que pra mim é um dos melhores livros da literatura latino-americana:


Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo.

O começo de “Cem anos de solidão”, romance lançado em 1967 por Gabriel García Márquez (Record, tradução de Eliane Zagury), é um dos maiores clássicos do gênero, sobretudo na preferência do leitor comum. Presença obrigatória em listas de aberturas romanescas memoráveis, vale a pena examinar mais de perto o mecanismo que o torna tão eficaz: a superposição de tempos narrativos.

García Márquez demarca com brevidade impressionante dois momentos de ação, separados por “muitos anos”, e em cada um deles pendura um anzol que o leitor dificilmente deixará de morder. O primeiro traz uma isca política ou mundana: quais foram os motivos e o desfecho do tal fuzilamento? O segundo abre uma dimensão poética de formação, situando numa “tarde remota” a transmissão entre pai e filho de um saber sobre a natureza. Sem forçar barra nenhuma, pode-se imaginar até um terceiro anzol em que a isca é a curiosidade de saber como histórias tão díspares vão se combinar.

E tudo isso em duas linhas.

Além de enredar o leitor em mais de uma trama ao mesmo tempo, a abertura que superpõe tempos tem o mérito de fixar à vista de todos as estacas entre as quais vai se estender a corda da narrativa – que, ao contrário do que supõem muitos literatos, deve manter certa tensão até o fim para que o leitor equilibrista não despenque lá de cima e desista do livro.
O escritor colombiano, que nunca demonstrou dúvida sobre a necessidade básica de prender o leitor, gosta do truque.


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Loja de roupa recorta e dobra 300 livros para montar vitrine

Coitado de nossos livros...

A Lilla Ka é especializada em roupas femininas. Para desejar feliz ano novo às clientes das lojas da Alameda Lorena e dos shoppings Morumbi e Higienópolis, em São Paulo, e do Iguatemi, em Campinas, ela resolveu inovar e decorou suas vitrines com livros. “A ideia é desejar que as pessoas tenham boas histórias para contar em 2011”, explica a gerente de marcas Diana Sternfeld. O desafio era, então, fazer tudo isso sem deixar a vitrine com cara de livraria. Os cerca de 300 livros, comprados de sebos de acordo com o formato e a coloração das páginas, foram então dobrados ou recortados e colocados ao lado das manequins. Segundo Diana, não deu dó fazer toda essa bricolagem bibliográfica. “Num primeiro momento, nos preocupamos, mas o resultado foi muito bom”, ela disse. “Os livros são usados e suas histórias já foram muito lidas. Para a gente, eles não perderam o valor”. Os exemplares que ainda estiverem em condição quando a vitrine for desmontada devem ser doados.

Fonte: PublishNews

Livro mais caro do mundo é vendido por 11,5 milhões de dólares


“Pássaros da América” é o nome da obra que arrecadou 11,5 milhões de dólares em um leilão. Como o título já sugere, é uma coletânea de desenhos de espécies de pássaros, feitos por John James Audubon, um naturalista do século XIX.

Essa é apenas uma das onze cópias do livro. Nele, estão catalogadas mais de 500 espécies de pássaros e cerca de 1000 desenhos.

Uma das peculiaridades do livro é que ele retrata os pássaros em seu tamanho real. Se um pássaro tem 20 centímetros de altura ou um metro e meio, seu desenho também teria o mesmo tamanho.

Cada desenho demorava cerca de 60 horas para ficar completo. Infelizmente, muitos dos pássaros retratados estão extintos atualmente.

O antigo recordista do cargo de livro mais caro do mundo era uma cópia do mesmo livro, vendida por 8,8 milhões de dólares.

Fonte: Hype Science





Confira outras fotos: Birds of America

domingo, 19 de dezembro de 2010

O Deus vivo e o Deus não-existente


Deus existe? A maioria das pessoas acredita que sim. Mas dentro dessa maioria há grupos que pouco se importam com os fundamentos bíblicos do cristianismo e outros que se importam tanto com os dogmas que se esquecem de ser cristãos; há aqueles que invocam Jeová para praticar atrocidades e outros que invocam a Deus para que os defenda de tamanhas atrocidades.

Deus não existe? Alguns ateus são denominados “brights”(brilhantes), e de fato, muitos deles possuem uma trajetória intelectual brilhante. Eles renegam qualquer pensamento de explicação sobrenatural da história do universo e do homem: Daniel C. Dennett considera inviável o convívio entre ciência e religião, como se o indivíduo não pudesse conciliar ambas. Christopher Hitchens chegou a apregoar a irrelevância do cristianismo na tradição cultural da humanidade. Bem se vê que na luta para suprimir a fé e eleger exclusivamente a Razão, pode-se perder a razão.

Sobre um personagem de um conto em Ficções, Jorge Luis Borges diz que “Buckley não acredita em Deus, mas quer demonstrar ao Deus não-existente que os homens mortais são capazes de conceber um mundo”. Talvez essa frase foi dirigida aos  que duvidam da existência de Deus porque prefeririam que Ele não existisse, pois seria um "obstáculo" aos seus planos de vida.

Por isso, cresce o número de páginas para falar da não-existência de Deus ou que as coisas não são bem assim como Moisés, Lucas e João contaram. Como escreve João Pereira Coutinho: “Acho estranho que um ateu se preocupe com aquilo que, para ele, não existe. Nada é mais estranho do que um ateu convicto que não acredita em Deus e abomina Deus”.

Nem todos os ateus nos apontam o dedo no rosto, como muitos religiosos costumam fazer. Nem todos os cristãos ficam enervados quando alguém não concorda com o que dizem, como alguns ateus que perdem a razão. Se Deus existe, porém, tenho que considerar dois argumentos: Ele existe e eu rejeito lucidamente; Ele existe e eu aceito lucidamente. Você encontrará mais e melhores argumentos para rejeitar ou aceitar, mas todos, em algum momento de suas existências, se vêem diante da oportunidade de escolha entre o Deus vivo de Pedro e Paulo e o Deus não-existente de Marx e Nietzsche.


Nota: A sabedoria do homem é loucura para Deus. Nem mesmo o homem mais inteligente pode provar a inexistência dAquele que é real e que trouxe todas as coisas à existência, "Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez" João 1:3.

Tópico Relacionado: Crer é também pensar

sábado, 18 de dezembro de 2010

Baruque: Legado em um mundo em pedaços

Fonte: Lição 13 da Escola Sabatina - sábado a tarde:


VERSO PARA MEMORIZAR: “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva” (Isaías 8:20).

Leituras da semana: Is 53:1-5; Jr 7:1-11; 28; 45; Mt 6:25-34


Como Baruque sabia, o mundo estava chegando ao fim. Jerusalém e Judá estavam em seus últimos momentos. A Assíria, que dominara o antigo Oriente Próximo por mais de duzentos anos, estava dividida interiormente, envolvida em guerra civil e perdendo seu domínio sobre os estados vassalos. Enquanto isso, uma nova superpotência estava no horizonte: Babilônia. Por um pouco de tempo, Judá teve algum repouso e, sob o bom rei Josias (640-609 a.C.), a nação conseguiu expandir seu território e renovar seu compromisso de adoração ao Deus verdadeiro. Porém, com a mudança da maré no fim do sétimo século a.C., o tempo estava se esgotando para Jerusalém. O rei Josias morreu em batalha contra os egípcios (2Rs 23:29). Seus filhos, que reinaram depois dele, não tiveram o mesmo status que o pai e se rebelaram repetidamente contra Babilônia, um erro fatal. Finalmente, em 586 a.C., Jerusalém foi tomada, o templo, destruído, e muitos judeus foram levados cativos.


Baruque viveu nesse tempo de dramática mudança e perda. Embora seu mundo estivesse desmoronando, ele deixou um legado que nenhum rei nem a guerra poderiam destruir.


Que podemos aprender de Baruque, nosso último personagem dos bastidores da Bíblia?

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

''Reclamar'' tem diferentes significados e regências

“Leitora reclama que o Incor não empresta cadeira de rodas”

O uso do verbo “reclamar” requer atenção. Sua variação de significado pode ser assinalada por uma simples preposição. Reclamar alguma coisa é diferente de reclamar de alguma coisa.

Muito bem. Queixar-se de algo é o mesmo que reclamar de algo. O leitor há de convir que “reclamar algo” tem sentido bem diferente. Quem reclama algo (sem o “de”) faz uma exigência, o que é bem diverso de apenas lamentar alguma coisa.

Exemplos podem ajudar a perceber isso: “Os manifestantes reclamavam seus direitos” (reivindicavam, exigiam) é diferente de “Os moradores reclamavam do barulho” (queixavam-se).

Numa construção como “reclamação trabalhista”, o termo “reclamação” deriva do transitivo direto (reclamar um direito). O título acima reproduzido deveria, portanto, ter uma preposição “de” depois do verbo “reclamar”.

Veja abaixo:
Leitora reclama de que o Incor não empresta cadeira de rodas

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Banco Central lança novas cédulas de R$50 e R$100



O Banco Central do Brasil lança nesta segunda-feira (13), em Brasília, a segunda família de cédulas do Real. O evento marca o início da circulação das novas notas de R$50 e R$100. Haverá transmissão ao vivo da solenidade por meio de link na página da instituição e nos auditórios das regionais do BC. Os auditórios também terão material de divulgação e porta-vozes para atendimento à imprensa.

As novas notas entrarão em circulação por meio dos bancos comerciais, sendo que as cédulas atuais continuarão valendo e somente serão retiradas de circulação em decorrência do desgaste natural.


Nova nota de R$ 100


Novas notas de R$ 50 e R$ 100 começam a circular na segunda-feira_1


Veja imagens em 3D e características de cada nota: Segunda Família do Real - Banco Central do Brasil

Identidade de Mona Lisa

Italiano diz que 'B' e 'S e iniciais 'CE' estão registradas no olho esquerdo. Mistério já foi objeto de teorias na ficção, como em 'O Código Da Vinci'.

As teorias mais comuns são as de que La Gioconda seria a mãe de Leonardo ou a mulher de um mercador de Florença (Foto: Wiki commons)

A Mona Lisa de Leonardo da Vinci guarda em sua pupila esquerda a chave da identidade da modelo em que o pintor se inspirou, segundo o investigador italiano Silvano Vinceti, cujas teorias são divulgas nesta segunda-feira (13) pelo jornal "The Guardian".

De acordo com Vinceti, que é presidente da comissão nacional de patrimônio cultural em seu país, o gênio renascentista, amante dos códigos, pintou uma série de letras pequenas nas duas pupilas de Mona Lisa.

"Invisíveis ao olho humano e pintadas em preto sobre verde e marrom, estão as letras LV em sua pupila direita, obviamente as iniciais de Leonardo, mas o mais interessante está em sua pupila esquerda", afirma o investigador, em declarações recolhidas pelo jornal.

Vinceti sustenta que no olho aparecem as letras "B" e "S", além de, possivelmente, as iniciais "CE", o que considera de vital importância para averiguar a identidade da modelo.

A modelo foi identificada frequentemente como Lisa Gherardini, a esposa de um mercador florentino, mas o investigador italiano não está de acordo, já que mantém que a Mona Lisa foi pintada em Milão.

"Atrás do quadro aparecem os números 149, com um quarto número médio apagado, o que sugere que Da Vinci o pintou quando estava em Milão na década de 1490, usando como modelo uma mulher da corte de Ludovico Sforza, o duque de Milão", declara ao jornal.

"Leonardo gostava de utilizar símbolos e códigos para transmitir mensagens, e queria que descobríssemos a identidade da modelo através de seus olhos", prossegue o italiano, que deve detalhar suas conclusões no próximo mês.

O mistério da Mona Lisa já foi objeto de teorias também na ficção, como no caso do romance "O Código Da Vinci", na qual o autor, Dan Brown, sugere que o nome é um anagrama para Amon l'Isa, em referência a antigas divindades egípcias.


Fonte: G1

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Em busca de um inventário linguístico



Governo quer identificar, mapear e caracterizar todas as 210 línguas faladas no Brasil

O Diário Oficial desta sexta-feira (10) publicou o Decreto 7387, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que institui o Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL), um meio de identificação, documentação, reconhecimento e valorização das línguas formadores da sociedade brasileira. Seu objetivo é mapear, caracterizar, diagnosticar e dar visibilidade às diferentes situações relacionadas à pluralidade linguística brasileira, de modo a permitir que as línguas sejam objeto de políticas patrimoniais que colaborem para sua continuidade e valorização.

No Brasil de hoje são faladas cerca de 210 línguas. Segundo estimativas existentes, os grupos indígenas falam cerca de 180 línguas e as comunidades de descendentes de imigrantes, outras 30. Além disso, usam-se, pelo menos, duas línguas de sinais de comunidades surdas, línguas crioulas e práticas linguísticas diferenciadas nas comunidades remanescentes de quilombos, muitas já reconhecidas pelo Estado, e em outras comunidades afrobrasileiras. Há também uma ampla riqueza de usos, práticas e variedades no âmbito da própria língua portuguesa falada no Brasil.


Esta nova política de reconhecimento e salvaguarda das línguas faladas no Brasil é resultado das atividades desenvolvidas pelo Grupo de Trabalho da Diversidade Linguística (GTDL), constituído em 2006. Fazem parte dele os representantes dos ministérios envolvidos e da sociedade civil, que formaram o Instituto de Desenvolvimento em Política Linguística (Ipol), da comunidade acadêmica, representada pela Universidade de Brasília (UnB) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

A gestão desse instrumento será liderada pelo Ministério da Cultura (MinC), por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e compartilhada pelos ministérios da Educação, Justiça, Ciência e Tecnologia e Planejamento, Orçamento e Gestão.

Metodologia

Para sua efetiva implantação, foram realizados projetos-piloto com línguas de categorias ou situações sociolinguísticas diferentes, com o objetivo de permitir uma melhor previsão de custos, prazos e metodologias adequadas. Esses projetos, que estão em fase de conclusão, foram selecionados por meio de editais do Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (CFDD), no âmbito do Ministério da Justiça, e do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial (PNPI), no âmbito do MinC/Iphan.

As línguas inventariadas receberão o título de “Referência Cultural Brasileira”, a ser expedido pelo Ministro da Cultura, e, com isso, farão jus a ações de valorização e promoção por parte do poder público.

Além da institucionalização do INDL, outra grande conquista foi alcançada, com a inclusão do quesito “língua falada” no Censo Demográfico 2010. Este quesito, que abarca apenas as pessoas que se declaram indígenas representa um progresso significativo. Em conjunto, esses instrumentos são resultado dos esforços de implementação de uma política bem fundamentada e articulada com todos os Ministérios e setores da sociedade que compõem o GTDL.

Projetos-piloto

1. Levantamento Sócio-linguístico e Documentação da Língua e das Tradições Culturais das Comunidades Indígenas Nahukwa e Matipu do Alto-Xingu.
2. Inventário da Língua Guarani-Mbyá.
3. Inventário da Língua Ayuru.
4. A Língua Asuriní do Tocantins: projeto-piloto para a metodologia geral do INDL.
5. A Libras no Nordeste: um levantamento linguístico das variantes usadas nas comunidades de surdos de João Pessoa-PB e Recife-PE.
6. Para um Inventário da Língua Juruna.
7. Inventário da Diversidade Cultural da Imigração Italiana: o talian e a culinária.
8. Levantamento Etnolinguístico de Comunidades Afro-brasileiras: Minas Gerais e Pará.

Fonte de informação: PublishNews


Indicação de leitura:

PRECONCEITO LINGUISTICO

O Que E, Como Se Faz

Autor: BAGNO, MARCOS
Editora: LOYOLA
Assunto: LINGUÍSTICA
Brochura
51ª Edição – 2009
186 páginas


Marcos Bagno, através do seu discurso, expressa uma defesa à inclusão social através da valorização, respeito e reconhecimento da diversidade linguística na cultural brasileira. Este é um manual para todos que desejam entender às discussões e estudos proposto pela sociolingüística. Através de uma linguagem simples, exemplos práticos e reais, você irá entender como se caracteriza o “preconceito linguístico, o que é e como se faz”. (Anna Lídia Leal)


domingo, 12 de dezembro de 2010

Revista inTolerância é lançada

Informação linkado de: Na Trilha Certa

Agência FAPESP – O Laboratório de Estudos sobre Intolerância (LEI), da Universidade de São Paulo (USP), lançou o primeiro número da revista inTolerância. Abrigada no Portal Rumo à Tolerância, www.rumoatolerancia.fflch.usp.br/node/2683, a revista será semestral e trará um dossiê temático a cada edição.

Segundo os editores, a revista abre espaço para artigos, resenhas, entrevistas e documentos históricos com a perspectiva de enriquecer o debate sobre a tolerância e intolerância na área das humanidades, nas artes e na cultura.
Periódico on-line do Laboratório de Estudos sobre Intolerância da USP, traz dossiê sobre tolerância e direitos humanos, artigos e resenhas

Na primeira edição, a revista traz o dossiê Tolerância e Direitos Humanos: Diversidade e Paz com textos que versam sobre Iluminismo, democracia, globalização, entre outros assuntos.

Além de resenhas e uma entrevista, o veículo traz uma análise do documento Convention on the Prevention and Punishment of the Crime of Genocide, assinado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1948. O texto é comentado por Samuel Feldberg, professor de Relações Internacionais das Faculdades Integradas Rio Branco.

Entre os membros do conselho consultivo da revista estão Celso Lafer, presidente da FAPESP, Dalmo de Abreu Dallari, professor emérito da Faculdade de Direito da USP, e Sérgio Paulo Rouanet, filósofo e membro da Academia Brasileira de Letras.

A USP anunciou, em setembro, o projeto do Museu da Tolerância, que será construído na Cidade Universitária na capital paulista. O museu estará vinculado ao Laboratório de Estudos sobre Intolerância e seguirá um conceito diferente dos museus tradicionais.

Será o primeiro do gênero na América Latina voltado também para a educação lato sensu. A previsão é que no prazo de um ano as obras sejam iniciadas.

Mais informações sobre a revista: www.rumoatolerancia.fflch.usp.br/node/2683

O papel pode morrer; a leitura, não

Por Daniel Piza:

Nunca se produziram tantos livros no mundo. O maior sucesso recente da literatura mundial foi uma série de romances juvenis, Harry Potter, cujos volumes têm mais de 700 páginas cada um. O índice de leitura no Brasil aumenta ano a ano. O melhor livro de ficção nacional do último decênio, Dois Irmãos, de Milton Hatoum (2000), já soma cem mil exemplares vendidos; é um sucesso de crítica e público.

Feiras literárias como a de Paraty unem grandes autores em salas lotadas. Imprensa? As duas mais sofisticadas revistas de língua inglesa, The Economist e The New Yorker, que se caracterizam pelos textos extensos e análises críticas, hoje têm a maior circulação de sua história: mais de 1 milhão de exemplares cada uma. No Brasil, nunca se falou tanto em jornalismo literário, nome de uma coleção de livros (que teve títulos como A Sangue Frio, de Truman Capote, e Hiroshima, de John Hersey, na lista dos mais vendidos em não-ficção), e nunca se tentou praticá-lo tanto. Entre os estudantes, o jornalismo cultural passou a ser o mais procurado, em vez do político e do econômico.

Quem diz que textos em papel estão morrendo, portanto, está desdenhando fatos. Se há uma queda geral no nível cultural, se hoje vemos até pessoas das artes e das idéias com formação geral deficiente, não é por causa de alguma incompatibilidade fundamental entre o homem contemporâneo e a superfície impressa. O que há é uma perda do valor desse conceito, “formação”, num mundo tão bombardeado de informações e de tantas horas perdidas em trânsito, distração e consumismo. Pois quem deseja tomar contato com o que se escreveu de melhor no passado tem ampla oferta de produtos e eventos. Editoras como (
Best Seller, Record), Cosac Naify, Companhia das Letras, 34 e L&PM têm feito ótimo trabalho de reedições e novas traduções de clássicos, inclusive com vendas em bancas de jornal a menos de R$ 10 o exemplar. Assim como CDs, DVDs e os sites com vídeos e áudios, o acervo de textos antigos é hoje maior do que já foi em qualquer era anterior; temos Shakespeare a um clique no mundo todo.

Sim, a circulação de jornais tem caído nos últimos anos, sobretudo nos países ricos, como EUA, e boa parte disso pode ser atribuída à concorrência de outros meios de comunicação; a televisão, por sinal, está tão preocupada com a internet quanto a imprensa escrita. Para o sujeito que trabalha e tem família, há uma sensação de que está informado ao longo do dia: escuta rádio no caminho, fica diante do computador o dia inteiro, há TVs com canais de notícia 24h em todos os lugares, volta para casa e ainda consome mais jornalismo até pelo celular. Como não querer que nesse mundo pulverizado o jornal diário em papel não perca espaço? Isso, porém, não significa que ele não vá continuar a ser lido por uma minoria, ainda que em suporte digital (em aparelhos como o Kindle, que foi redesenhado justamente para baixar jornais), nem que a leitura de livros e revistas vá deixar de ser um hábito distintivo do Homo sapiens. Na convergência de mídias, nada elimina o que houve antes: apenas absorve e transforma – e, se a humanidade quiser, pode até ser para melhor.



sábado, 11 de dezembro de 2010

O ganancioso e o invejoso

Um homem ganancioso e outro invejoso encontraram um rei.

O rei lhes disse:
“Um de vocês pode me pedir alguma coisa e eu lhe darei, desde que possa dar o dobro ao outro”.

O invejoso não quis se o primeiro porque ficou com inveja do companheiro que receberia o dobro, e o ganancioso também não quis porque desejava tudo para ele. Finalmente, o ganancioso pressionou o invejoso para fazer o pedido. Aí o invejoso pediu ao rei para lhe furar um dos olhos.


A inveja não leva a nada.
A ganância muito menos.
 Fonte: Neste Instante





Geazi: errando o alvo

Fonte: Lição 12 da Escola Sabatina - sábado a tarde:



VERSO PARA MEMORIZAR: “Sigam somente o Senhor, o seu Deus, e temam a Ele somente. Cumpram os Seus mandamentos e obedeçam-Lhe; sirvam-nO e apeguem-se a Ele” (Deuteronômio 13:4).

Leituras da semana: Gn 39:4-6; 2Rs 4; 5; 8:1–6; Jr 9:23, 24; Jo 13:1-17; 1Tm 6:10
Geazi era um servo. Não um servo qualquer, mas servo de um dos maiores profetas da história de Israel: Eliseu. Ele tinha sido chamado pelo Senhor para auxiliar o profeta Elias, preparando-se para seu próprio ministério profético (1Rs 19:16). Por muitos anos, Eliseu serviu a Elias e ouviu, observou e, assim, entendeu o que significa ser um profeta. Quando Elias foi levado ao Céu em um redemoinho de fogo (2Rs 2:11), chegou o tempo de Eliseu. Seu ministério não foi tão ardente e fascinante quanto o de Elias, mas ele mostrou uma influência de longo alcance.

Desse modo, Geazi teve a maravilhosa oportunidade de estar associado intimamente a alguém tão abençoado por Deus como Eliseu. É difícil imaginar tudo o que ele poderia ter aprendido e visto nos anos em que trabalhou com o profeta.

Mas, como veremos nesta semana, apesar de tanto potencial e das grandes oportunidades, Geazi se tornou um infeliz fracassado. Sua história serve como exemplo de alguém que é desviado e se torna impossibilitado de fazer a diferença entre o importante e o periférico. Como é importante aprender de seus erros!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Neste ou nesse?

Liberte-se da dúvida!
“Faça uma lista das pessoas legais que conheceu nesse ano.”

A frase fazia parte de uma relação de conselhos destinada especialmente àqueles que ficam deprimidos com o término de mais um ano. A ideia é que as pessoas façam um balanço positivo de suas conquistas, evitando sobrevalorizar as frustrações.

Muito bem.  Ao recomendar ao leitor que fizesse uma “lista das pessoas legais que conheceu nesse ano”, o redator certamente se referia ao ano que ainda não acabou, portanto ao ano em que estamos. Nesse caso, o pronome em questão deveria ser o demonstrativo “este”, que, precedido da preposição “em”, resultaria na forma “neste”.

O demonstrativo “este” aplica-se normalmente àquilo que está próximo de quem fala, daí poder ser associado ao advérbio de lugar “aqui” (“este aqui”, não “esse aqui”).

A ideia de proximidade estende-se aos indicadores de tempo. Assim, pela manhã, ao acordar, alguém pode dizer “Nesta noite, tive um pesadelo” e, no fim do dia, poderá dizer “Nesta noite, haverá um jantar de confraternização”. À noite, durante o jantar, alguém poderá dizer “Esta noite está absolutamente fantástica!”.

Igualmente usamos “este dia” para “hoje”, “esta semana” para a semana em que estamos, “este mês” para o mês em que estamos, “este ano” para o ano em que estamos.

“Este” ou “neste”? Essa questão é ainda mais simples: “neste” é a contração da preposição “em” com o pronome “este”. Caso o pronome esteja empregado em função adverbial, a preposição será necessária. Por exemplo: “O prêmio será entregue (quando?) neste ano”, “A inauguração ocorrerá (quando?) ainda nesta semana”.

Na posição de sujeito da oração, o pronome não é preposicionado. Assim: “Este ano foi maravilhoso”, “Esta noite deixará recordações”.

Veja, abaixo, o texto corrigido:

 “Faça uma lista das pessoas legais que conheceu neste ano.”

Fonte: Uol Educação
 

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

12 livros para a formação pessoal do gestor escolar

A Revista Nova Escola desta semana dá uma lista de sugestão de leitura com  12 títulos que contribuirá para a formação pessoal e profissional do gestor escolar e também para a qualificação do professor.

São livros que tratam da nossa história, das desigualdes sociais, econômicas etc. Atentar para nossas raízes, costumes, valores que formam nossa plural identidade nacional, é, sobretudo, indispensável para lidarmos com a diversidade que nos deparamos a cada dia.

1. Raízes do Brasil: Fundador da moderna História do Brasil, esse livro de Sérgio Buarque de Holanda aborda aspectos da vida social, política e econômica para explicar as origens da identidade brasileira. Fundamental para entender traços da personalidade nacional como a dificuldade que temos de separar o espaço público do privado, habilidade imprescindível para o gestor escolar.
2. Casa Grande & Senzala: Mesmo após setenta anos da sua publicação esse texto histórico com linguagem literária do sociólogo Gilberto Freyre permanece um clássico da historiografia brasileira. Abordando os antagonismos de classe que estão na fundação das desigualdades da nossa sociedade, o autor ajuda a entender os conflitos que ainda hoje se reproduzem nas escolas brasileiras.

3. Formação Econômica do Brasil: Mistura de relato histórico com análise econômica, o livro de Celso Furtado abrange desde a ocupação do território brasileiro no período colonial - passando pelos ciclos da madeira, do ouro, do açúcar, da pecuária e do café - até a industrialização, já no século XX. São 500 anos da vida econômica brasileira vistos sob um olhar humano que aborda também a evolução da força do trabalho, da escravidão ao assalariado, e desnuda o desafios que ainda hoje persistem.

4. O que faz o Brasil, Brasil?: Ao analisar os grandes acontecimentos da vida cultural brasileira como o Carnaval, as festas religiosas, o futebol e a política, Roberto DaMatta tenta responder a pergunta que dá título a esse clássico. As descobertas são variadas como o já popularmente consagrado "jeitinho brasileiro", cientificamente explicado por DaMatta.
5. História Concisa do Brasil: O livro de Boris Fausto é, talvez, um dos mais bem sucedidos para o desafio que se propõe: resumir toda a história do país em uma única obra. Com linguagem acessível, é um excelente título de entrada para os estudos.
6. O Povo Brasileiro: Entender os motivos do fracasso do projeto social brasileiro, que gerou uma estrutura profundamente desigual em um país repleto de riquezas naturais e culturais é a proposta desse livro do sociólogo e educador Darcy Ribeiro.

7. Vigiar e Punir: O filósofo e sociólogo francês Michel Foucault estuda nessa obra a evolução da legislação penal e dos métodos de punição desenvolvidos pela humanidade ao longo da história. Essencial para compreender as origens de mecanismos punitivos ainda hoje presentes nos sistemas educacionais.
8. Ética a Nicômaco: Os ensaios do filósofo grego Aristóteles debatem a própria origem do conceito de ética e seu entrelaçamento com a vida humana no cotidiano. Dedicada ao seu filho, Nicômaco, a obra tem imenso valor pedagógico para o gestor que pretende ter um relacionamento melhor com seus pares e alunos.
9. A Era dos Extremos - O Breve Século XX: O veterano historiador Eric Hobsbawn conta nesse livro a história do século mais conturbado da humanidade, misturando fatos históricos ao seu próprio depoimento de testemunha ocular. A obra é fundamental para entender as origens dos conflitos e avanços que nos conduziram até o século XXI.
10. Desenvolvimento como liberdade: O livro do economista indiano Amartya Sen, vencedor do Nobel em 1999, promove uma verdadeira revolução no conceito de liberdade e coloca em cheque o desenvolvimento econômico que não gera acesso à Educação, Saúde e outros direitos básicos do homem.
11. Uma História da Leitura: Contando a história da paixão pela leitura ao longo da história, o ensaísta italiano Alberto Manguel dá pistas de como estimular esse saudabilíssimo hábito nas crianças.
12. O Valor de Educar: Aposentando por um momento o debate sobre drogas, a violência e a intolerância que assolam as escolas, Fernando Savater retoma nesse livro os valores essenciais que estão por traz da tarefa de educar.






Reflexão:


Conselhos Sobre Educação - Ellen G. White
  "Ensinar quer dizer muito mais do que muitos supõem. Requer grande habilidade o fazer a verdade compreendida. Por isto todo professor se deve esforçar para possuir crescente conhecimento da verdade espiritual, mas não o pode obter enquanto se divorcie da Palavra de Deus. Caso ele queira ter suas faculdades e aptidões em diário progresso, precisa estudar; cumpre-lhe comer e digerir a Palavra, e trabalhar à maneira de Cristo. A alma nutrida pelo pão da vida, terá toda faculdade revigorada pelo Espírito de Deus. Esta é a comida que permanece para a vida eterna".