RIO DE JANEIRO (Reuters) - O escritor Paulo Coelho, autor brasileiro mais vendido no mundo, denunciou nesta segunda-feira que seus livros foram proibidos no Irã e disse que espera a ajuda do governo brasileiro para solucionar a questão. PUBLICIDADE Coelho publicou em seu blog (www.paulocoelhoblog.com) um email enviado por seu editor no Irã para informá-lo sobre a decisão do Ministério da Cultura e Orientação Islâmica do Irã de banir todos os livros do autor. "Eu, sinceramente, espero que o governo brasileiro se pronuncie a respeito", escreveu Coelho no blog. Segundo o autor, seus livros são publicados no Irã desde 1998 e mais de seis milhões de cópias já foram vendidas no país. Coelho afirma que o incidente "só pode ser um mal-entendido". Ele cita, no entanto, o episódio de 2009 em que uma mulher morreu durante manifestações populares contra o resultado das eleições. O editor de Coelho no Irã, Arash Hejazi, foi gravado tentando salvar a mulher, num caso que ganhou enorme repercussão internacional. Paulo Coelho é o autor brasileiro de maior sucesso internacional, com pelo menos 300 milhões de livros vendidos em mais de 150 países. Coelho informou que vai disponibilizar todos os seus livros de forma gratuita na Internet no idioma persa, falado no Irã. O brasileiro foi o primeiro escritor não muçulmano a visitar o Irã após a Revolução Islâmica de 1979, de acordo com o site da Academia Brasileira de Letras, em que ele ocupa a cadeira 21. (Por Pedro Fonseca) Fonte: Yahoo Brasil
O Jornal do Brasil também, registra declaração da ministra da Cultura, Ana de Hollanda sobre o ocorrido:
A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, lamentou hoje (10) a decisão do governo iraniano de banir os livros do autor brasileiro Paulo Coelho naquele país. A ministra disse que vai conversar com o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, para decidir como o Brasil poderá se manifestar contra a decisão do Irã.
“Vou conversar agora com o ministro Patriota, para entender como o Ministério das Relações Exteriores está vendo isso e provavelmente eles vão se manifestar. Essa manifestação do governo brasileiro cabe ao Ministério das Relações Exteriores. Pela cultura, só posso dizer que a censura é sempre lamentável”, disse a ministra, em visita ao Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.
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